escrita irregular
50 anos
Parabéns Bronco!!!!
Alan Arkin
As preferências e as escolhas de visionamento dum filme seguem a lógica do realizador, actores principais e enredo, várias vezes associadas a críticas favoráveis na imprensa da especialidade, ou através de transmissão por contacto amigo.
Muitas vezes queremos algo mais.
Nos filmes sempre encontrei nos personagens secundários um motivo de regozijo. De preferência personagens sem heroísmos, humanos, com uma qualquer história sem sucesso. Um qualquer bizarro ou "maluco". No fundo, um fora do comum é o que se procura quando nos sentamos na sala de cinema, para ver um filme.
"Uma família à beira de um ataque de nervos" fui vê-lo e adorei (
lembram-se?). Os personagens eram essencialmente hilariantes. Deles destacou-se o avô, víciado em heroína, niilista, com uma visão peculiar da vida e claro, dedicado aos netos, em especial, à preparação para o concurso de beleza, para o qual a neta tinha concorrrido.
Foi Alan Arkin quem protagonizou esse papel. A academia distinguiu com um Oscar para o melhor actor secundário.
Fez bem.
Ficou-lhe bem o papel. Parabéns para o "casting", encontrou o actor certo para o personagem.
Até pelo que se viu na cerimónia desta madrugada, Alan Arkin não é propriamente um actor "hollywoodesco".
Idade da Inocência (5)
Várias horas de espera, tiveram o epílogo às 22h 58m. O Manuel Maria nascia finalmente, era dia 22 de Fevereiro. Com ele no colo, fiz o que vários pais de tribos índias faziam aos filhos, mostrei-lhe o mundo, ritual que repeti passado uns anos com a Luisinha e infelizmente não consegui fazer a um terceiro rebento. Era noite, o céu estava estrelado. Apresentei-lhe a galáxia, se estivéssemos inseridos numa tribo norte - americana, o Manel chamar-se-ia qualquer coisa como, Noite Estrelada.
Com isto, desvalorizei o ronronar nas suas costas que sentia na palma da mão. Inexperiência paternal, tudo era estranho. Seguiram-se dias de angústia, incertezas e muitas dúvidas. Uma luta inicial pela vida, devido a um vírus inicialmente não identificado, obrigaram-no a permanecer quinze hospitalizado.
Existe quem ligue processos astrológicos com a vida de cada um, outros associam com outras crenças, se eu acreditasse nos “deuses índios” justificava a sua falta de sono nocturna pelo facto de querer ver as estrelas, o seu interesse pelos planetas do sistema solar pelo facto de ter sido a primeira visão que teve do mundo e ainda serviria para justificar a sua preferência pela raça índia, o interesse na pré-escola e as máscaras de Carnaval.
Coincidências…
Agora com 6 anos, já rapazinho portanto, pronto para perder os dentes de leite, o Manel começa a ser autónomo, embora preguiçoso. Descobriu a leitura sozinho e sorri, sempre que descobre como se escreve uma palavra conhecida. Alforreca, Xarope, João Pedro, América, Oceano Índico, entre outras vão sendo lidas, em casa ou fora dela.
O sorriso é a sua imagem de marca. Com gosto no vestir, por vezes gravata em momentos muitos especiais, ou com camisa – tipo casamento, para entregar a prenda à namorada, no dia deles.
Noite Estrelada, feliz aniversário!
Um dia quando souberes ler de "carreirinha" vais sorrir com estas palavras.
- fixe, falaram de mim por aqui.
- pergunta-lhe se tem alguma lata de atum!
Advinhem
"Eh! Meu amigo Charlie/ Eh! Meu amigo Charlie Brown, Charlie Brown.// Se você quiser, vou lhe mostrar/ A nossa São Paulo, terra da garoa/ Se você quiser, vou lhe mostrar/ Bahia de Caetano, nossa gente boa/ Se você quiser, vou lhe mostrar/ A lebre mais bonita do Imperial/ Se você quiser, vou lhe mostrar/ Meu Rio de Janeiro e o nosso carnaval.// Se você quiser, vou lhe mostrar/ Vinicius de Moraes e o som de Jorge Ben/ Se você quiser, vou lhe mostrar/ Torcida do Flamengo, coisa igual não tem/ Se você quiser, vou lhe mostrar/ Luiz Gonzaga, rei do meu baião/ Brasil de ponta a ponta do meu coração."
Esta é a primeira música a tocar no Carnaval brasileiro, sabem porquê?
soube a pouco
do jogo de hoje, além da classe de Luisão, de Katsouranis, ficou a ideia que na frente tudo treme. Esteve bem nas substituições Fernando Santos, sobretudo em tirar Nuno Gomes e fazer entrar Derlei. Aliás, Nuno Gomes convém-lhe ir ao banco, sei lá, uns joguitos.
O problema não está nele, está no sistema de jogo e passo a explicar: com Simão na frente, a transposição defesa - ataque é extremamente lenta, mesmo com os passes mágicos de Rui Costa. Um ponta de lança, desapoiado, que não sabe jogar assim, que rendeu golos quando jogou com um "bruto" ao lado, deve-se sentir como um míudo num quarto escuro. Apesar de considerar um erro, Derlei é útil para estes jogos e o "gordito" pode entender-se com ele para fazer "coisas bonitas" - utilizando a expressão de Artur Jorge.
O problema do Benfica está na frente, com 4-4-2 ou 4-3-3, mais losango ou outra forma geométrica aquilo não funciona, quando é necessário.
Agora vou ouvir o Rui Santos (na Sic Notícias) para ver se percebo alguma coisa de futebol. Ups, entrou o Toni a falar, vou escrever mais um bocado, pois para este ainda chego. Excepto nos "drinks".
Toni só diz asneiras.
Gostei dos laterais. Discreto mas, eficiente o Karagounis (para dispensado em Agosto é bom, já disse isto não já)
Vou ouvir o Toni, está a fazer história, sempre é divertido, falar do passado ao analisar um jogo terminado há momentos.
Broncofácio
Clemente é um daqueles homens dedicados ao trabalho, que por mérito próprio conseguiu impor-se e tornar-se chefe de serviço. Chefe imperioso, com uma incapacidade para relacionamento anormal. No fundo, uma defesa própria para conseguir os seus intentos e controlar os seus ímpetos. Para agravar, a sua relação com as mulheres é deveras difícil, pois tende sempre a aprecia-las fisicamente. Obviamente, nunca faltou ao respeito a nenhuma.
A sua preferida é a menina Joana. Todo o escritório o sabe. Joana nunca foi chamada pelas suas falhas, nunca ouviu os intermináveis raspanetes, devido a atrasos ou outras asneiras. A ela tudo é perdoado, sem alarido e muitas vezes com transferência do serviço para outros, ou até para o próprio chefe.
Joana, ingénua, vai-se rindo, a sua relação com chefe vem do exterior do serviço, os pais eram próximos e vê o Sr. Clemente como uma espécie de familiar afastado. Para Clemente, a Joana é divina, parece-se com Soraia Chaves, a sua actriz de eleição. O jeito do cabelo, o pescoço e os ombros (a sua tara), o corpo em si, até a forma de falar.
Escusado será contar que Clemente ficou em êxtase, com o filme da adaptação do livro de Eça de Queiroz. Na sua retina, ficou a cena do frigorífico e o corpo nu de Soraia perguntando “O Sr. Padre deseja alguma coisa?”, um delírio.
No escritório, na sua inocência provocatória com pescoço à mostra, Joana foi levar um café ao chefe, este vinha a sair do gabinete e sorriu quando a viu, “que mulher”, pensou. Joana entregou-lhe o café, ao que este o engoliu de uma só vez. Joana perguntou-lhe: Sr. Clemente deseja alguma coisa?
Dois sons estranhos ouviram-se do gabinete do chefe. Um rápido grito e uma sonora estalada, antes de se ouvir “Francamente, Sr. Clemente tenha maneiras”. Ao certo, ninguém sabe o que se passou. Joana saiu composta e disfarçando. O Sr. Clemente não saiu a tarde toda do gabinete, nem deixou ninguém entrar. Foi o último a sair do serviço, consta-se.
(aos broncos)
Laborfácio
Fico contente por ter motivado
Albino Costa a voltar à escrita.
A sua interpretação a este
meu texto é um pouco diferente daquilo que eu esperava.
O elogio é reiterado de forma semelhante, apenas difere na visão militante do meu crítico.
É óbvio que este senhor nunca me leu, ou se leu estava à espera de "bater no burguês". Bastou um texto, em que para críticar a oposição política com representação no executivo camarário (onde desde logo fica excluido o PCP, desde há 22 anos), eu enaltecia as qualidades reconhecidas a Castro Almeida, em comparação com a situação amorfa da oposição e vai daí segue-se uma sucessão de sugestões políticas e intenções da minha pessoa.
Jamais votei no PSD. Nem em eleições autárquicas, nem em coisa nenhuma. Não integrei em 2001 as listas para as eleições locais deste partido, por opção pessoal, conforme já relatei, após convite de Rui Costa.
Parece-me que durante os meses que me associei ao Jornal Labor tenho criticado, sempre que apropriado e fundamentado, as opções de Castro Almeida.
Elegi como principais bandeiras: o alargamento a sul do Metro do Porto - antes de qualquer acção programada do PCP para reabilitação da linha do Vouga; a remodelação e abertura a crianças do Tanque Piscina do Parque; os silêncios da Câmara Municipal sobre o desfecho do traçado da A32; a falta de programação cultural na cidade, em especial, nos Paços da Cultura - relacionando este facto com o futuro "cinzento" da Casa de Artes e Espectáculos; sugeri a revisão do PDM, de forma a que a Reserva Agrícola deixe de ser um absurdo;
Marquei a agenda política ao divulgar em primeira mão no jornal labor, a possibilidade colocada pelo Governo de se extinguir a Freguesia. Faz agora um ano - 16/02, na semana seguinte, o mesmo jornal publicava a sua reportagem sobre o assunto e só na semana seguinte, o regional, fazia o mesmo. Em Março, o assunto era debatido na Assembleia Municipal, por iniciativa do PCP.
Reconheço ao PCP, uma grande capacidade de intervenção na vida política local e não só. Tenho pelos seus mais destacados militantes, uma simpatia pessoal. Por me sentir de esquerda, embora mais central, essa simpatia fica-se apenas no papel pessoal. Inclusivamente, quando fui deputado municipal, mantive sempre uma boa relação com as suas duas eleitas. Como o voto para mim é livre, confesso que já votei CDU, em eleições locais.
Não me quero chatear muito com o assunto, por isso, apenas escrevo esta resposta aqui mas, com um pouco de seriedade teria assunto para envolver-me numa polémica que me obrigaria a voltar às lides políticas.
Parece-me.
Ecofácio
De manhã, pelo menos de manhã, às 7h50m, a RTP1 emite um programa chamado Minuto Verde, da responsabilidade de uma seita religiosa, oh perdão, de uma associação ambientalista muito conhecida, chamada "Quercus".
Quando acaba, obviamente às 7h51m, fico bem disposto, por vezes emito uma sonora gargalhada, outras vezes fico de boca aberta, de todas as vezes desligo a televisão (num stand-bye nada ecológico) e vou tomar banho, arranjar-me para o meu dia de trabalho.
Até hoje, o meu minuto preferido, esperem... ainda não falei dos apresentadores divinais, simpáticos e cheios de convicção daquilo que estão a dizer. Um entusiasmo. Até hoje vi um casal. Trocam várias vezes, num sistema que ainda não percebi, aquela hora não percebo nada, também.
Por tudo isto, já percebem que este é um dos meus programas preferidos.
Ah, o meu minuto preferido dizia, foi acerca do aproveitamento dos restos de bebidas alcoolicas. Viram? Não! Pois então, sugeriam estes senhores que os restos ainda na garrafa, não os deitassemos fora, coisa que nunca fiz, claro.
Em lugar, do tradicional guardar para aproveitamento culinário na mesma garrafa, deveríamos fazer isso mesmo mas, congelando o líquido, através das cuvetes de gelo, de forma a que o vinho não se estrague. Pois então, aludiam ao elevado preço do vinho e ao desperdício monetário associado, quando escorripichamos o resto para o esgoto. Perceberam? São simpáticos estes tipos, não são? Os cubos de gelo serviriam para ajudar no tempero de qualquer prato que se estivesse a cozinhar posteriormente.
Vi muitos mais, oh, oh, se vi. Este foi o meu preferido.
Se me pergutassem o que gostaria de ver no minuto verde, a conversa seria outra. Mas, nem quercus, nem qualquer igreja evangélica, oh perdão, enganei-me de novo, bolas. Dizia, nem qualquer associação ambiental me poderia responder.
Granfácio
Só por racismo e por ainda estar vivo, é que no concurso da RTP não aparece o nome de Eusébio da Silva Ferreira entre os 10 finalistas.
Para mim é o maior Português de todos os tempos, o melhor exemplo da presença de Portugal no mundo.
A oportunidade de reconciliação com a história Portuguesa e a possibilidade de emendar o erro do colonialismo tardio foram assim desperdiçadas.
Nos dias de hoje, apesar da sua ligação ao SLB (o que deixará muitos indignados com a minha escolha, o que os deixa cegos e obviamente a falar de jogadores igualmente bons mas, não tão brilhantes), Eusébio é ainda uma figura do desporto mundial.
Rod Stewart, por exemplo, recentemente no Benfica-Celtic, largou a sessão de autógrafos a que se dedicava, para ele próprio pedir um a Eusébio. Sempre que acompanha o Benfica ou a selecção no estrangeiro, o realizador da emissão televisiva, capta sempre um grande plano deste jogador.
O seu momento de glória foi há quarenta anos. Estar vivo e resistir ao tempo, é em Portugal e também no mundo, sinal de alguma imortalidade.
Julgar apenas os mortos, sem mais argumentos do que resenhas históricas e ideologias políticas é igualmente difuso. A actualidade merecia algo mais do que apenas a luta entre dois antagonistas do passado.
Se Soares e Cavaco ainda estão demasiados "frescos" no quotidiano colectivo, restava a presença de Eusébio entre os 10 finalistas, para dar uma dimensão diferente ao programa da RTP.
Mais cor, claro está e uma faceta diferente de encarar os Portugueses, o seu passado colonial e a evolução da sua história expansionista.