escrita irregular
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
  Laborfácio
Fico contente por ter motivado Albino Costa a voltar à escrita.
A sua interpretação a este meu texto é um pouco diferente daquilo que eu esperava.
O elogio é reiterado de forma semelhante, apenas difere na visão militante do meu crítico.
É óbvio que este senhor nunca me leu, ou se leu estava à espera de "bater no burguês". Bastou um texto, em que para críticar a oposição política com representação no executivo camarário (onde desde logo fica excluido o PCP, desde há 22 anos), eu enaltecia as qualidades reconhecidas a Castro Almeida, em comparação com a situação amorfa da oposição e vai daí segue-se uma sucessão de sugestões políticas e intenções da minha pessoa.
Jamais votei no PSD. Nem em eleições autárquicas, nem em coisa nenhuma. Não integrei em 2001 as listas para as eleições locais deste partido, por opção pessoal, conforme já relatei, após convite de Rui Costa.
Parece-me que durante os meses que me associei ao Jornal Labor tenho criticado, sempre que apropriado e fundamentado, as opções de Castro Almeida.
Elegi como principais bandeiras: o alargamento a sul do Metro do Porto - antes de qualquer acção programada do PCP para reabilitação da linha do Vouga; a remodelação e abertura a crianças do Tanque Piscina do Parque; os silêncios da Câmara Municipal sobre o desfecho do traçado da A32; a falta de programação cultural na cidade, em especial, nos Paços da Cultura - relacionando este facto com o futuro "cinzento" da Casa de Artes e Espectáculos; sugeri a revisão do PDM, de forma a que a Reserva Agrícola deixe de ser um absurdo;
Marquei a agenda política ao divulgar em primeira mão no jornal labor, a possibilidade colocada pelo Governo de se extinguir a Freguesia. Faz agora um ano - 16/02, na semana seguinte, o mesmo jornal publicava a sua reportagem sobre o assunto e só na semana seguinte, o regional, fazia o mesmo. Em Março, o assunto era debatido na Assembleia Municipal, por iniciativa do PCP.
Reconheço ao PCP, uma grande capacidade de intervenção na vida política local e não só. Tenho pelos seus mais destacados militantes, uma simpatia pessoal. Por me sentir de esquerda, embora mais central, essa simpatia fica-se apenas no papel pessoal. Inclusivamente, quando fui deputado municipal, mantive sempre uma boa relação com as suas duas eleitas. Como o voto para mim é livre, confesso que já votei CDU, em eleições locais.
Não me quero chatear muito com o assunto, por isso, apenas escrevo esta resposta aqui mas, com um pouco de seriedade teria assunto para envolver-me numa polémica que me obrigaria a voltar às lides políticas.
Parece-me.
 
Comentários:
sai um ansiolítico "laranja"?
 
Rui,

Eu aprecio, sempre apreciei o teu comentário político, a tua visão das coisas, já não é a primeira vez que o digo.
O (eventual) fecho da urgência/hospital(?) não pode vir a ser um pouco compensado pelo novo e enorme centro de saúde.
Criando-se os mecanismos necessários.
Tenha-se também em conta, que neste tipo de decisões, não é só Autarcas e Governo que mandam, há todo um conjunto poderoso de interesses económicos à sua volta.
A extinção da Junta de Freguesia, não me choca, particularmente. Olhando friamente, o que é que a Câmara não pode fazer, tão bem ou melhor que a Junta faz.
 
Esqueci-me do "?" no 2.º parágrafo
 
E porque não, voltares às lides políticas?Devemos apoiar sempre quem consideramos competente para nos representar.Eu apoio-te.Precisamos de pessoas como tu.
 
Ricardo,
Relativamente às urgências, sempre pensei que o centro de saúde serviria para isso e muito mais. O desperdício do Estado em relação à saúde é gritante. Hospitais com pisos fechados (algures no Ribatejo: Torres Novas, penso eu), centros de saúde bem equipados, sem serviço nocturno (como em SJM) e claro, hospitais para servir 700.000 pessoas (lá para Amadora-Sintra).
A racionalização da saúde é um processo difícil, por algum lado, tem que começar.
Relativamente aos interesses, verifica-se que um negócio a prosperar, no caso do encerramento das urgências é um serviço privado semelhante, em especial nocturno, que é curiosamente o período do dia em que as pessoas ficam doentes.
Na Junta são da tua opinião. Sempre fui a favor da reforma administrativa do estado. Da fusão de concelhos e extinção, inclusivamente.

Cara Vareira, não me empurres para o abismo. Como diz o afro-luso "tem tempo".

Quanto ao ansiolítico, de preferência com água lisa (sem qualquer sabor) e duas pedras de gelo :)
 
Concordo contigo quando falas de abismo, mas não seremos nós, pais de hoje que queremos o melhor no futuro, os responsaveis pela continuação do abismo?
Também por aqui a polémica das urgências impera...para se transformar em clínica privada só de alguns!Imagina como vai ficar o S.Sebastião com a população espinhense!!!
 
Todos os serviços de urgência em redor da Feira irão fechar dado que é preciso criar condições para rentabilizar a maior clínica privada do país que irá nascer em Santa Maria da Feira
 
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