Várias horas de espera, tiveram o epílogo às 22h 58m. O Manuel Maria nascia finalmente, era dia 22 de Fevereiro. Com ele no colo, fiz o que vários pais de tribos índias faziam aos filhos, mostrei-lhe o mundo, ritual que repeti passado uns anos com a Luisinha e infelizmente não consegui fazer a um terceiro rebento. Era noite, o céu estava estrelado. Apresentei-lhe a galáxia, se estivéssemos inseridos numa tribo norte - americana, o Manel chamar-se-ia qualquer coisa como, Noite Estrelada.
Com isto, desvalorizei o ronronar nas suas costas que sentia na palma da mão. Inexperiência paternal, tudo era estranho. Seguiram-se dias de angústia, incertezas e muitas dúvidas. Uma luta inicial pela vida, devido a um vírus inicialmente não identificado, obrigaram-no a permanecer quinze hospitalizado.
Existe quem ligue processos astrológicos com a vida de cada um, outros associam com outras crenças, se eu acreditasse nos “deuses índios” justificava a sua falta de sono nocturna pelo facto de querer ver as estrelas, o seu interesse pelos planetas do sistema solar pelo facto de ter sido a primeira visão que teve do mundo e ainda serviria para justificar a sua preferência pela raça índia, o interesse na pré-escola e as máscaras de Carnaval.
Coincidências…
Agora com 6 anos, já rapazinho portanto, pronto para perder os dentes de leite, o Manel começa a ser autónomo, embora preguiçoso. Descobriu a leitura sozinho e sorri, sempre que descobre como se escreve uma palavra conhecida. Alforreca, Xarope, João Pedro, América, Oceano Índico, entre outras vão sendo lidas, em casa ou fora dela.
O sorriso é a sua imagem de marca. Com gosto no vestir, por vezes gravata em momentos muitos especiais, ou com camisa – tipo casamento, para entregar a prenda à namorada, no dia deles.
Noite Estrelada, feliz aniversário!
Um dia quando souberes ler de "carreirinha" vais sorrir com estas palavras.
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