escrita irregular
sábado, março 31, 2007
 
estou em processo terapéutico, não em várias sessões mas, ao longo de várias páginas. volto daqui a 471.
até já.
 
quinta-feira, março 29, 2007
  Música & Letra

Em semana de estreia, um filme ligeiro com o sempre igual Hugh Grant. Desta vez sem os intermináveis "fuck" e apenas com o característico "right".
O enredo é simples, um músico de sucesso do final dos anos 80, passado 15 anos procura não entrar no regime da degração total. Consegue fugir-lhe, não evitando a experiência do lançamento de um frustante disco a solo, contrariando a tendência cantando em locais medíocres, sobretudo, para as suas eternas fãs, também elas já entradotas.
O resto do enredo é fácil de prever... tudo muda, é convidado a compor uma música para uma vedeta musical, tipica do princípio do século actual e aí conhece uma letrista (papel representado por Drew Darrymore), também ela com uma história de insucesso latente e escondida.
Nada de especial, não é? E não é. Antes pelo contrário.
O que particularmente me agradou no filme foi o retrato da música pop dos anos 80. Ouvir novamente falar de Frankie Goes to ..., Debbie Gison, Tiffany e outras pérolas de 80's. Aquelas bandas que evitávamos. Os videoclips únicos, com histórias de amor, músicos em passos de dança ridículos, saltinhos e outras coisas assim.
Tudo muito revista Bravo.
Previa-se que o desfecho dessas bandas seria o esquecimento, após o sucesso momentâneo. Inevitável.
Só que a maior parte das bandas que ouvi, adquiri vinis e mais tarde cds, mesmo não sendo do circuito comercial, não tiveram um fim diferente.
Lembro-me de alguém uma vez me perguntar ao ouvir-me falar em U2, senão estariamos a assistir a um fenómeno idêntico aos Duran - Duran!? Fiquei horrorizado, na altura apreciava bastante a banda de Dublin, estávamos em 1986. E não me enganei na resposta.
Mais exemplos haveria, certamente.
Se um dia voltar a pegar nos meus discos em vinyl, muitos já não conseguiria ouvir, passados todos estes anos.
Um que seguramente teria todo o gosto em voltar a ouvir, como de todas as outras vezes, seria o que suportava este video
 
quarta-feira, março 28, 2007
  festejos
com a antecipação de alguns e o prolongamento até ontem, os festejos do meu 36º aniversário tiveram uma amplitude de 5 dias...
 
segunda-feira, março 26, 2007
  tinha sido melhor
desculpem-me!!!!
a ideia atrás apresentada tinha sido um melhor desfecho para o programa da RTP, que terminou ontem de madrugada.
 
sexta-feira, março 23, 2007
  Idade da Inocência (7)
O choro sentido dos miúdos é único. Aquele quando se aleijam, assustam, se sentem injustiçados e as lágrimas verdadeiras caem pela cara abaixo.
No momento do consolo, do afago sinto o seu sabor e recordo a infância. Aquele gosto único de dor, sofrimento, esquecido na memória.
O choro sentido, da tristeza, ficou por esses anos.
Entretanto, os anos de solitário secaram-me os sentimentos e as lágrimas. Adoptei o estilo Clint Eastwood, seco. Furioso, irado, com altos berros, quando alterado ou descontrolado. Apesar das fortes emoções proporcionarem pequenas lágrimas, com gosto diferente… mais suaves, com uma dose de alegria associada.
Ao ver a Luisinha a transformar birras em choro inocente, molhado e salgadinho, ofegante por vezes, constato que tudo seria mais fácil se houvesse apenas este choro, o sincero. A compreensão seria prioritária e o colo o resultado, passando pelos carinhos indispensáveis.
A sinceridade é um dos melhores argumentos humanos, mesmo quando estamos tristes.
 
quinta-feira, março 22, 2007
  esta semana não escrevi
Foi difícil.
Nem uma linha para o jornal.
Não me faltavam ideias. os textos até nasceram mas, não tiveram extensão. O alongamento mental projectava-se em continuidade no teclado. Parecia.
Em frente a este, dois parágrafos por assunto e depois... tópicos. Sem sequência, nem nada.
Havia tanto para dizer e nada saiu.
Ficou tudo adiado, tudo em segredo, tudo esquecido.
3 noites, 3 serões de vazio. Nem no papel, nem no teclado de sempre, nem no novo portátil.
Fica adiada a memória colectiva, a crítica política, ou outro qualquer assunto sem interesse particular.
Tudo separado, como as contas de gente honrada, à moda do Porto.
Tudo parado.
Os textos do blog, além das feridas abertas, derreteram o estilo da prosa.
Ensaiar noutros genéros tem destas facetas, sobretudo, para quem não sabe escrever... regularmente.
 
quarta-feira, março 21, 2007
  Primavera


Início de nova estação!
Curiosamente com um tempo agradável, temperaturas baixas e neve nas terras altas!
Este esticar do Inverno é encantador, o último suspiro do frio.
 
segunda-feira, março 19, 2007
  Idade da Inocência (6)
Dia do Pai...
Beijos, abraços, músicas e poemas ao serão.
Para os pequenos foi uma alegria.
Entregar as prendas feitas na escola para o Pai e explicar como foram feitas as colagens, as pinturas e até as pinceladas mal executadas.
Estas são as melhoras prendas.
 
domingo, março 18, 2007
  lógico
juntar o melhor piloto com a melhor escuderia só podia dar nisto.
nota: melhor escuderia não significa melhor carro mas, ajuda.
 
sexta-feira, março 16, 2007
  A vizinha do 1º D
No prédio viviam seis famílias.
A de Anabela ocupava o 1º direito. Anabela era casada com Osvaldo e mãe de uma filha de 12 anos. Com o cabelo em tons claros, louro após o cabeleireiro, Anabela preservava o seu corpo, fazendo aeróbica duas vezes por semana, mais uma sessão de aparelhos no ginásio e ainda tinha tempo para uma aula de hidro-ginástica semanal, na piscina.
Com os seus 34 anos e vistosa, era dedicada à família e ao trabalho, revelando algum interesse neste, devido à sua longevidade laboral, activa desde os 16 anos.
O seu grande problema tinha sido a passagem para os 30 anos. Sentiu-se a envelhecer, um efeito psicológico tremendo, para quem começa cedo no mundo do trabalho. Desejou-se, definhou-se, pretendia mudar de vida. Quis manter-se jovem. O casamento aborrecia-a, procurou novas aventuras, teve um amante. O escândalo rebentou na vizinhança. O marido, uma excelente pessoa, apesar das escapadelas da esposa, manteve-se fiel e perdoou-lhe tudo. Foi difícil chamá-la à razão, até o vizinho do 1º esquerdo, Francisco, homem pacato, casado com 2 filhos, interferiu. Apelou-lhe numa conversa de escada às virtudes do casamento, da relação com a família, especial com a filha.
Osvaldo reconhecido, sempre que o via no café das imediações, pagava-lhe a despesa, o que transtornava Francisco. Em primeiro lugar, pelo acto da oferenda. Mas, o que mais lhe desagradava, era a sua relação com Anabela. Desde a época do adultério, apesar de todo o respeito de relação, com cumprimentos sérios e preocupações profundas quando algum familiar se encontrava doente, Francisco tinha passado a apreciar a sua vizinha. No intimo ria-se dos conselhos que tinha dado, pois o pretendido era ser ele o eleito. Os anos passaram e o interesse de Francisco crescia. Inscreveu-se num ginásio, passou a fazer desporto, tudo para se manter em forma e conseguir agradar. Em casa ninguém deu por nada. A sua esposa, Raquel, ficou feliz quando sentiu um corpo mais musculado e o sofá foi trocado pelo desporto activo.
A cobiça pela vizinha foi aumentando. Nas manhãs de fim de semana, Francisco perdia-se de olhares pelas traseiras, quando avistava Anabela em trajes sonolentos. Várias vezes tinha passado pela piscina, para observa-la nas aulas. O mesmo no ginásio. Quando se cruzavam na serventia do prédio, o embaraço sufocava o vizinho que não conseguia dizer nada de jeito, além das frases de boa educação. Anabela apercebeu-se que o discurso do vizinho era um pouco fugidio. Incrédula, repudiou o seu pensamento mais leviano.
Escusado será dizer que um dia, Francisco ganhou coragem. No mesmo local onde aconselhara fidelidade à vizinha, sentiu-se capaz e que deveria revelar-se. Agarrou-a por um braço e disse-lhe: Hoje não escapas! Anabela sorriu, surpreendida. Encaminharam-se para um pequeno compartimento do condomínio, dos arrumos da limpeza e ali se encaixaram. Francisco elogiou, mostrou o seu apreço por Anabela. Dizia frases como nunca tinha dito, enquanto agarrava e roubava beijos à vizinha. Esta oferecia alguma resistência mas, nada fazia para se soltar, nem desviava a sua boca da do vizinho. Beijo puxa beijo, língua encontra língua, Francisco atira: “sempre quis saborear a tua boca”. As mãos procuram o corpo do outro mas, Anabela é mais rápida. Desaperta a camisa do vizinho, beija-lhe o tronco e desaperta alguns botões da sua blusa. Com o peito de Anabela visível, repousado no soutien, Francisco excita-se. Procura beijá-lo e com as mãos soltá-lo. Anabela força-o a sentar-se numa cadeira, curiosamente ali depositada. Em seguida, puxa-lhe as calças para baixo e senta-se em cima dele. Francisco consegue beijar os seios de Anabela, tenta desapertar os colchetes. A sua amante não deixa, dizendo, não há tempo para isso! Com um pequeno gesto, oferece a Francisco o seu desejo.
Naquela posição, praticamente apenas Anabela se mexe. Duma forma semelhante à da máquina de remos, lá do ginásio. As suas mãos agarram as costas da cadeira, os ombros ou a cabeça de Francisco. Este procura espaço. Agarra as nádegas da vizinha e procura movimentar-se.
O ruído provocado pelos dois amantes, despertou a curiosidade da Sr.ª Maria, mulher da limpeza das escadas, de passagem pelo prédio. Ao abrir a porta e ver os movimentos de Anabela, ficou estupefacta. “D. Anabela!?” – exclamou. Esta voltou a cara e ao ver o ar aparvalhado de D. Maria, gritou-lhe: AGORA NÃO! Estou quase a ter um orgasmo!
A mulher da limpeza fugiu, fechando a porta. Anabela cravou as unhas nos ombros do pobre do Francisco, que não sabia o que pensar de todo o embaraço ocorrido. Com um grito de triunfo, Anabela estremeceu e soltou os seus braços. Vendo a cara do seu parceiro disse-lhe: Não temos tempo para mais. Vou falar com a Sr.ª para acalma-la. Ela não te viu de certeza. Depois falamos.
Arranjou a saia, apertou os botões da blusa e saiu. Francisco compôs-se, subindo as cuecas e as calças, apertando-as com dificuldade. Abotoou a camisa e pensou “Nem as cuecas tirou”; saiu dos arrumos para a rua e foi frustrado até ao café, esperando não ter que enfrentar Osvaldo.
 
  pronto
suadinho e até ao fim como previsto.
valeu pelo golo de Petit e pela ovação a Moreira.
mas, o melhor da noite foi ver um cartaz empunhado por um adepto dizendo "F. Santos dá-me o teu lugar". Excelente.
agora é continuar a esperar...
 
segunda-feira, março 12, 2007
  Madrid
As viagens ao abrigo de negócios têm um inconveniente, não controlamos o nosso tempo. A hora do voo de regresso condiciona o tempo que resta livre e por vezes, vemo-nos e desejamo-nos fazendo horas nos aeroportos para o início do check-in, ou por vezes em zonas pouco nobres de cidades cosmopolitas, acercadas do nosso imediato destino final.
Em Madrid não foi assim.
Após 2 noites mal dormidas, com boa mesa e companhia animada, a actividade proposta terminava no final de uma tarde. O voo era apenas à noite e sobravam um par de horas, que nos permitiria aproximarmo-nos do centro da cidade. Oportunidade para uns comprarem as lembranças para entes queridos, outros para ver o pulsar de uma cidade.
Numa qualquer rua, cujo nome nunca soube, perdi o meu olhar pelos transeuntes. Uma sensação fantástica de ver passar carros, pessoas, num dia abafado de Maio, ainda que encoberto.
Na minha contemplação senti-me observado. Mirando em redor, vi uma cara fantástica, com uns olhos igualmente belos a fixar-me. Uma elegante rapariga, bem vestida, não desviou o olhar e eu por uma única vez, perdi a vergonha, continuei a apreciá-la. Sorri, num sorriso meio tímido, sem saber se seria correspondido. A elegância da minha observadora transbordou com um belo sorriso, que faria perder o controlo a qualquer um.
Afastados uns passos no passeio, eu encostado ao edifício, ela na beira do passeio, esperando um táxi. Uma curta distância e uma separação tão longa. O objecto esperado aproximava-se. Teria que decidir. Dava os passos, entrava no táxi, ou então, impedia-a de entrar, de forma educada e cortês. Ou pelo contrário, ficaria onde estava e sonharia.
A decisão teria de ser rápida, tinha que ponderar entre a desconhecida, a aventura, o permanecer na grande cidade, o perder o avião e faltar ao trabalho nos dias seguintes e do outro lado da balança, a possibilidade de desilusão, a incerteza do momento, o regresso à vidinha cumpridora e monótona.
O táxi parou. A porta abriu-se. Um último olhar entre dois seres cruzou aquele passeio. Um novo sorriso. O corpo elegante desapareceu no interior do automóvel. A porta fechou-se e o carro arrancou logo. Não tive tempo para ver se a cabeça ainda se voltou. Outros carros taparam-me a visão.
Uma voz chamou-me à realidade. “Pensei que perderia o avião!” – disseram-me. Acrescentando, “muito gira”.
Uma mútua e sonora gargalhada, pôs uma pedra no assunto.
A vida por vezes, resume-se aos sonhos.
 
quinta-feira, março 08, 2007
  onde gostava de estar (4)


O meu lado feroz de adepto não me consegue vencer, totalmente. Nem convencer a voltar a um estádio de futebol.
É importante vencer aqui hoje, para alegria dos nossos adeptos franceses... e dos portugeses, claro.
 
terça-feira, março 06, 2007
 
o 8ª avenida irá alterar os hábitos de sjm? a minha impressão aqui.
 
  forma do blog
- vais explicar porquê é só permites a visualização de algumas postagens?
- a ideia é dar aspecto de livro, um virar de página mas, por vezes esquecemo-nos das páginas anteriores e necessitamos de voltar atrás...
- certo e por isso, aparecem postagens antigas, quando são mais frequentes novas?
- exactamente!
- desta vez estamos de acordo, o que é raro.
- não sejas assim. onde queres chegar?
- à actualidade.
- outra vez não!!!
- está bem. vou poupar-te. abandonaste contadores e outras formas de saber quem por cá andou.
- se não souberes será melhor para ti. porquê é queres saber?
- por curiosidade, porque haveria de ser!?
- se não tiveres meios para obteres essa informação, não satisfazes a tua curiosidade.
- certo. e vivo na ignorância?
- feliz e ignorante, no teu caso.
- lá estás tu a ofender. não cries mais suspense...
- está tudo dito.
- é só isto?
- claro, vivemos melhor não sabendo muitas coisas.
- ok, não te preocupa saber o número de visitas, quem nos visitou, porque é que nos visitam?
- exacto, esse estado permite-nos elaborar post mais descontraídos.
- sim, e os comentários? deixaram de ser condicionados, era este o estado?
- outro ponto interessante, em primeiro lugar, eram moderados e não condicionados, e deixaram de o ser porque a "casa ficou limpa".
- Sem anónimo?
- sim, nomeadamente. mas, referias os comentários com outra subtileza, certamente?
- ainda bem que percebeste.
- a obsessão com o feed-back do blog, torna-nos demasiado envolvidos e narcísicos.
- isso é uma religião?
- quase, segundo Woody Alen.
- preferes então a santa ignorância?
- não totalmente, pois ao escrevermos, gostamos que nos leiam, isso é um facto.
- sem saber quem o faz.
- por isso, deixo em aberto os comentários...
- isso é super redutor, para o esforço desenvolvido. pode não haver comentários.
- não ambiciono mais. a expressão dos outros é a nossa satisfação.
- olha não estás mal servido, pois não?
- antes pelo contrário. tenho uns comentadores assíduos.
- e o licor beirão?
- mudou para a Infantaria!
- como?
- agora é Artilheiro.
- vai um copo!?
- com ou sem gelo?
 
domingo, março 04, 2007
  Protesto


- Com mil milhões de macacos !!!!!!!!????????
Broncos, Cowboys franco-americanos, miúdos dos comics norte-americanos e até um marinheiro meio inglês recebem referência, e eu??? Nada. Nem uma palavra.
Estou furioso...



- Capitão, espere tenha calma! Não se meta em aventuras sem mim.




- Vamos embora Obelix. O que estes tipos fazem para aparecer na blogo!?
 
quinta-feira, março 01, 2007
  Poeta da blogo
Através daqui, descoberto pelo nosso amigo Ricardo Batista, encontrei um blog curioso sobre poesia: SÓ VERDADES.
Trata-se dum blog de um poeta de S. João da Madeira, David Santos, que penso não conhecer.
É impressionante o número de comentários que cada novo post-poesia recebe.
Aqui fica o endereço: http://sverdades.blogspot.com/, para poderem apreciar.
 
Abriu a 5 de Outubro de 2006.

A minha foto
Nome:
Localização: São João da Madeira, Grande Porto, Portugal
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