Música & Letra
Em semana de estreia, um filme ligeiro com o sempre igual Hugh Grant. Desta vez sem os intermináveis "fuck" e apenas com o característico "right".
O enredo é simples, um músico de sucesso do final dos anos 80, passado 15 anos procura não entrar no regime da degração total. Consegue fugir-lhe, não evitando a experiência do lançamento de um frustante disco a solo, contrariando a tendência cantando em locais medíocres, sobretudo, para as suas eternas fãs, também elas já entradotas.
O resto do enredo é fácil de prever... tudo muda, é convidado a compor uma música para uma vedeta musical, tipica do princípio do século actual e aí conhece uma letrista (papel representado por Drew Darrymore), também ela com uma história de insucesso latente e escondida.
Nada de especial, não é? E não é. Antes pelo contrário.
O que particularmente me agradou no filme foi o retrato da música pop dos anos 80. Ouvir novamente falar de Frankie Goes to ..., Debbie Gison, Tiffany e outras pérolas de 80's. Aquelas bandas que evitávamos. Os videoclips únicos, com histórias de amor, músicos em passos de dança ridículos, saltinhos e outras coisas assim.
Tudo muito revista Bravo.
Previa-se que o desfecho dessas bandas seria o esquecimento, após o sucesso momentâneo. Inevitável.
Só que a maior parte das bandas que ouvi, adquiri vinis e mais tarde cds, mesmo não sendo do circuito comercial, não tiveram um fim diferente.
Lembro-me de alguém uma vez me perguntar ao ouvir-me falar em U2, senão estariamos a assistir a um fenómeno idêntico aos Duran - Duran!? Fiquei horrorizado, na altura apreciava bastante a banda de Dublin, estávamos em 1986. E não me enganei na resposta.
Mais exemplos haveria, certamente.
Se um dia voltar a pegar nos meus discos em vinyl, muitos já não conseguiria ouvir, passados todos estes anos.
Um que seguramente teria todo o gosto em voltar a ouvir, como de todas as outras vezes, seria o que suportava este
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