escrita irregular
quinta-feira, setembro 27, 2007
  Sempre a oeste
No ano passado, momentos antes do Natal anunciei o fim da "Escrita Irregular". Nunca até hoje expliquei concretamente o que se passou.
Durante umas semanas, umas dores de testículos atormentaram-me o corpo. Uns dias desapareciam e depois voltavam. Esta intermitência, permitiram-me desconfiar que o caso se devesse a alguma pancada, normal de quem tem de carregar filhos ao colo. Um dia analisei com maior rigor o tamnho das pernas dos meus filhos e verifiquei que seria impossível tal mal estar, ser motivado pelos pés desses diabretes. Praticamente, quando lhes pegava ao colo, os pés batiam-me nas pernas, ou nos joelhos. Naquelas partes nada.
Eliminei várias hipóteses de possíveis pancadas (essas também, seus maldosos) e cheguei pessoalmente à conclusão que as dores eram nem mais nem menos do que o famoso "Cancro dos testículos" (ou tumor), que afecta vários jovens (e não só) do sexo masculino...
Escusado será relatar no estado em que fiquei. A escrita não fazia sentido continuar, por isso optei por interromper até ter mais certezas, ou estar em fase de tratamento avançado, fora de qualquer perigo.
Curiosamente o meu diagnóstico estava errado! Ainda bem, é claro. O tal urologista depois dos testes físicos adequados, medicou-me (nunca tomei os comprimidos), descansou-me e eu lentamente levantei de novo a moral e recomecei a minha vida de blogger e colaborador de jornal.
Toda esta introdução, serve para atenuar o ímpeto que anunciei a semana passada de pôr fim à minha colaboração com Jornal Labor.
Comunicada a minha decisão ao Jornal, o motivo da mesma e apresentado um texto de
despedida, no género forte e incisivo. A reacção não se fez esperar...
Além de enaltecerem a minha colaboração e apresentadas as justificações - erro humano de uma jornalista que eu não conheço; ausência para o estrangeiro daqueles que conheço; edição fechada na 3ª-feira depois de enviar o meu texto - ao fim de três telefonemas, de dia e meio de pressão e só após o pedido de desculpas pessoais do Director do Jornal, Pedro Silva, aceitei manter a minha colaboração.
De qualquer forma, agradeço as palavras que recebi no post anterior, a curiosidade do "sanjoanense" que quis antecipar este desfecho e fiquem com a certeza, que este texto tem mais do que 4.000 caracteres.

Tudo está bem, quando acaba bem, não é assim professor?
 
Comentários:
F... que susto! Ainda bem que foi só susto, companheiro.
Quando findaste (interrompeste) o blog apresentaste como explicação uma exposição excessiva da tua intimidade.
No entanto, eu devo dizer que admiro muito a forma e a coragem como tu expões aqui a tua intimidade, aliás, bem patente neste post. Para mim, um leitor e amigo cada vez mais afastado do contacto pessoal é óptimo saber de ti e poder acompanhar-te assim tão de perto, além de admirar a irregularidade da tua escrita.

Também saúdo o teu regresso à imprensa escrita. Aparentemente, tudo não passou de mal entendido.
 
é aquela diferença entre dizer e escrever. quando escrevemos é a sério, ou então quando dizemos, sem eufemismos algo como "vou-te contar a verdade".
naquela época, não suportaria expor a minha possível doença. ao passar pelo falso alarme e ao enfrentar o auto-diagnóstico, tive que expor-me um bocadinho. pedir informações de médicos e explicar aos outros as dores dos "coisos", não é fácil.
ainda hoje, há sempre um cromo que me pergunta pelos ditos :-)

o mal entendido do Labor foi explicado à portuguesa... a culpa é do mexilhão. mas, como me apelaram ao direito ao erro e depois do já explicado, fui condescendente.
 
É bom continuar a ler as tuas aventuras pela imprensa.

Aliás, não sendo aqui, como poderia "ouvir-te" ou "falar" contigo?

Este "blogósitio" permite-nos "falar" e aproximar-nos sem sequer levantar o traseiro da cadeira do escritório.
 
Com este teu post, fizeste-me recordar os tempos de faculdade, em que um amigo me perguntou uma vez durante a frequência de "Cálculo Infinitésimal" sobre resolução de integrais -"Plaza, diz-me só o que quer dizer este S que o resto eu sei fazer".

o mesmo digo eu agora: - Guerra, diz-me só o que o título tem a ver com a narrativa, que o resto eu percebi!

Um abraço, e fiquei contente pela possibilidade que me deste de recordar bons velhos tempos.
 
o título está ligado ao final, ao Professor Tournesol, ou em Português Girassol.
Nas aventuras de Tintin, na sequência "Segredo de Licorne" e "O Tesouro de Rackham o Terrível" o professor através do seu pêndulo indicava que o tesouro procurado estava enterrado a Oeste.
De nada servia os avanços de Tintin, os recuos do Capitão Haddock (ou vice-versa) e as trapalhadas habituais, que o diagnóstico do pêndulo era sempre o mesmo "Sempre a Oeste".
Provavelmente, na questão da colaboração do jornal, o pêndulo de Girassol daria sempre o mesmo diagnóstico "vais continuar a escrever".
 
essa dos testiculos era desnecessaria :D mas em relação ao resto SEJA BEM VINDO
 
não percebi.
 
Só sobre o caso LABOR:
Gostei da explicação, mas tenho de discordar do seu conteúdo.
Dissestes o que dissestes.
Fostes assertivo nos argumentos quando não te aceitaram o artigo porque estava extenso e não teria (penso eu, com alguma experiência nas lides) interesse para a edição. “Râguebi! Que é isso?” – terá perguntado a tal jornalista. “Lixo”, continuou.
Pois é… logo “caiu o Carmo e a Trindade”. Reagistes a quente. Não ouvistes quem te aconselhou neste blogue a voltar atrás. Assumistes fechar o ciclo de colaborações no jornal.
Um conselho: para a próxima, faz como nos “velhos tempos” no xadrez. Pensa antes de jogar. Neste caso, devias ter tomado essa posição radical depois de reflectir “mais um bocadinho” sobre o assunto.
Vou continuar a ler os teus artigos no LABOR. Prometo.
 
caro gambito, o que se passou foi isso mesmo, ofereci uma peça para ficar com melhor posição!
obviamente que não vou transcrever o teor das conversas mantidas, nem faria sentido, por ser assunto pessoal.
se analisares toda "a partida", pensa que manter aquele lance, aquela variante não levaria a lado nenhum. Não posso ser rígido ao ponto de desperdiçar pequenas vantagens.
Não consegui a combinação certa para vencer por xeque-mate mas, o outro lado reconheceu a minha vantagem material e posicional e resignou. Como sabes 95% das partidas de xadrez terminam assim.
Lembra-te que estamos a falar de amadorismo e sobretudo de uma pessoa sem intenções de escrever para se auto-promover como político local.
eXd4
 
"Durante umas semanas, umas dores de testículos atormentaram-me o corpo."
"ao fim de três telefonemas, de dia e meio de pressão e só após o pedido de desculpas pessoais do Director do Jornal, Pedro Silva, aceitei manter a minha colaboração."

Foi simplesmente um comentario com humor. e também te dar as boas vindas á continuação da tua escrita no labor.
 
é que não tinha percebido mesmo, daí a referência.
 
Devemos fazer sempre o que nos dá prazer...e o que acreditamos, sejamos precipitados nas decisões(o carneiro...)ou não, porque a grande vantagem do ser humano é essa...pensar hoje, pensar amanhã e mudar de pensamento!!!E... com mais ou menos caracteres...mas nunca presos a ninguém!
 
ser carneiro não é ser "marrão". é necessário mantermos a flexibilidade nos pensamentos, nas decisões...
 
Quando falo do Carneiro, não falo do marrão,até por que não o acho marrão, mas sim como dizes possuidor de flexibilidade nos pensamentos, falo no sentido da impulsividade que ele tem perante injustiças.
Boa escrita!
 
os impulsos devem ser aproveitados estrategicamente, o que é de todo uma contradição. não foi impulso, embora aos outros tenha parecido.
 
O importante é tê-los no sítio. E quanto a isso podemos estar descansados.
Um abraço
 
isso sim, meu caro.
adoro o boxe verbal!
um abraço
 
Fiquei a pensar nessa dos carateres!!!(que momento...eu a pensar...)e lembrei-me:porque não experimentares e escreveres como a minha tia escreve as sms?poupavas montes de carateres...e até escrevias 2 artigos em um!!!Boa semana.
 
Rui Guerra,

Nome de gente importante! Como importante foi seu relato!
Faço minhas as palavras do RB " que susto". Ainda bem que acabou e você aqui está...
Não temos controle da nossa vida e esse nonsense confere à vida um stress alucinante. Ainda bem que temos a arte. Acho que é pra lá que eu corro sempre ...

beijos daqui, desse lado do Atlântico...
 
seja bem vinda, cara sandra!
vá aparecendo que eu passarei pela "Bossa Nova"
 
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