escrita irregular
sexta-feira, dezembro 07, 2007
  Excelente texto
Hoje no Público de VPV.
 
Comentários:
Uma observação: VPV não gosta que o chamem de pessimista (eu diria antes cáustico). Curioso é que, no seu texto, não deixa de demonstrar essa mesma faceta.
Numa passagem em que refere o estudo sobre a confiança dos consumidores e a pouca percentagem de portugueses que acredita que 2008, em termos económicos, será melhor do que 2007, ele comenta dizendo que mesmo esses poucos estarão por certo enganados.
Ora, as perspectivas para 2008, a julgar pelo relatório da OCDE noticiado esta semana, até são animadoras, pois dizem que Portugal vai crescer 2% e acima da média europeia pela 1.ª vez em 7 anos.
Se isto não é pessimismo ...
 
eu como optimista, também espero um ano de 2008 melhor, só que a realidade...
em referia-me a aspectos focados como a miséria, a desresponsabilização pessoal e o viver no passado (extremamente cultural, para um País que até às invasões franceses de 1807 viveu extremamente bem).
talvez não te consiga explicar melhor por palavras, senão dando-te o exemplo da "população" com quem trabalho: a viver com o salário mínimo (ou perto disso), a pagar prestações, a comer sopa com pão e no dia seguinte igualmente (mais uma frutinha), a verem e não comprarem bens superfluos; a esperarem pelas 17 horas para irem embora - cumprindo o mínimo do trabalho, esperando não serem repreendidos (semana atrás de semana até às férias); pós laboral, uma ida ao café, um passeio ao fim de semana aos locais do costume e projectos para um futuro melhor - de preferência -, não há.

Nota: Esse indicador que dizes não mexe com a miséria, menos 2% de pobres significará que o número ficará na mesma acima dos 2 milhões de Portugueses; que o desemprego ficará na ordem dos 7%.
Embora reconheça o crescimento, não é isso que retira à maioria da população o seu estatuto miserável, nem obviamente o atraso cultural e social da grande maioria.
Repito-me, era sobre isto que VPV escrevia e não sobre o mérito dos governantes em proporcionar um crescimento da economia, "acima da média europeia", como dizes.
 
Mas a nossa realidade é assim tão má como pinta VPV? Somos todos uns coitadinhos é?
(e o burro sou eu?)

Alguma vês se ouviu esse homem dizer bem de alguma coisa, não só de Portugal como até do mundo?
Eu não e leio-o quase sempre, sobretudo a partir do Espectro, claro, mas já antes lia.
No falecido blog do Espectro, uma das revelações dele que mais me impressionou, foi a dos tempos em que foi deputado pela bancada do PSD, nos idos oitentas.
Ele descreveu essa actividade como um autêntico frete (do género de estar a fazer desenhos e a pensar noutra). Assume que foi assim com ele, sem qualquer espécie de pudor. E tudo para concluir que, tal como ele, os outros vão para lá fazer o mesmo - vegetar.
Para mim, aquilo foi como um murro no estômago do intelecto.
 
a franqueza nessa questão de deputado só lhe fica bem.
na época 250, agora 230 deputados, pensas que são todos produtivos?
mais de 150 são apenas vegetativos. participando na Assembleia de vez em quando, nas comissões e pouco mais.
Nada acrescentam ao país!
Tens dúvidas?
Faz um pequeno exercício, pega numa caneta e papel e escreve o nome de todos os deputados que conheces...
Chegarás a um número engraçado!
Isso significa não o teu desconhecimento mas, a pouca visibilidade desses senhores.
 
As generalizações são sempre perigosas. Dizer mal de alguma coisa é aquilo que todos sabem fazer - será uma espécie de alívio da consciência própria. Mas acredito que, como em tudo, haja deputados de grande valor e outros que só para lá vão tirar reforma (v.g. o nosso Nel).
Mas omo é que tu sabes que lá no hemicíclio, 70% não fazem nenhum?
O facto de não os conhecermos, de eles não discursarem, não nos diz nada sobre o seu trabalho.
 
ai não que não diz!
de qualquer forma estamos a fugir ao tema: o excelente texto de VPV, perdendo tempo e palavras a falar de mediocres.
 
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