É claro!!!
Tenho seguido
estes episódios com alguma distância física mas, vou recolhendo informação, ou pelos jornais, ou por intermédio de pessoas que conheceram e lidaram com as vítimas.
É ponto assente que estes seguranças, além dos estabelecimentos nocturnos que frequentavam ou trabalhavam, mexiam-se bem no esquema de segurança a terceiras pessoas. Normalmente estes esquemas de segurança são frequentes para protecção de políticos, de pessoas do mundo de negócios, onde se inclui o futebol, tanto presidentes de clubes, como treinadores (caso do josé mourinho) e por vezes, jogadores.
O caso de hoje aconteceu em Gaia. Por este motivo, o novo presidente do PSD saiu em defesa de um plano populista e descabido, dizendo uma série de enormidades, como por exemplo, falando do receio das pessoas em saírem à noite, os pais deixarem os filhos sair para os locais de diversão nocturna.
Só que acontece...
E o que acontece é que estamos perante um crime organizado, com alvos específicos a abater, em locais previamente estudados e o mais curioso, é que existem suspeitos (um dos principais beneficiados do negócio de segurança) de serem os mandantes.
Para quem vê de fora, parece tratar-se de um ajuste de contas, premeditado, com parecenças com as Máfias retratadas em cinema.
Os negócios de segurança, trazem associados droga, prostituição e muita lavagem de dinheiro, como discotecas, restaurantes e outros.
Antigamente esta segurança paralela era efectuada por PSPs, em horário extra profissional. Para retirar estes usurpadores do esquema de segurança, foi necessário uma capacidade de influência muito grande, o que tratando-se da cidade do Porto, as ligações ao FCP eram a melhor forma de conseguir ultrapassar todas as barreiras resistentes. Os bares ou as modernas casas de alterne foram o ponto de arranque.
A política está também associada. Nos anos 90 o Jornal Expresso, apressou-se a publicar uma fotografia do guarda Abel a efectuar serviço de segurança (não como PSP) a Cavaco Silva, na altura Primeiro Ministro. Nos tempos actuais, qualquer investida dos políticos num bairro problemático, numa freguesia difícil, num concelho quente precisa de segurança privada.
Hoje, Luís Filipe Menezes, em lugar do discurso insensato deveria ter ido por aqui, denunciar os culpados, dizendo as vezes que recorreu (se é que recorreu) aos serviços destes senhores, como é que lhes pagava, quem é que lhes pagava e convidar todos os outros partidos a denunciar os seus "seguranças".
Desta forma, poderia a PJ ser ajudada. Se é que realmente está interessada em resolver estes crimes. Esperemos não estar num processo semelhantes ao do "Apito Dourado", que um dos inspectores destacados era amigo de um dos suspeitos.
A lista das próximas vítimas existe mesmo, por isso, o falecido da madrugada de hoje, estava a efectuar mudança, pela calada, para lhe perderem o rasto.
A Justiça Portuguesa mais uma vez fica mal.