Chapéus há muitos
O chapeú foi o ícone de SJM durante várias décadas. Dos anos 40 a 60 quando as cabeças andavam cobertas, era frequente passar-se nas ruas da vila e verificar que toda a população masculina tinha um chapéu na cabeça.
Existem fotografias a comprova-lo, uma no livro dos 75 anos da ADS, com a população a ocupar a Praça Luís Ribeiro é aquela que eu mais aprecio.
Na publicidade ao centro comercial, os promotores perceberam a essência da cidade e publicitaram a produção de feltros. No shopping expuseram chapéus e aplicaram fotografias da época a que me refiro.
O recado veio de fora, o atractivo da cidade é um produto que em parte faz parte da memória colectiva. Muitos já nem se lembram do uso de chapéu. Muitos nem têm ideia que um dia se usou chapéu. O chapéu dos avós, bisavós, etc..
No
texto Usos&Costumes dei o mote ao tema, era necessário criar um evento atractivo na cidade, para a alavancar em termos de organizações culturais.
Terminava da seguinte forma: Está cá tudo.
No sentido de abordar a época "de ouro" do chápéu é importante recorrer às fotografias de memória mas, a melhor ajuda surge na prosa dos livros de João da Silva Correia. O autor do livro "Unhas Negras" descreveu como ninguém a lufa-lufa dos trabalhadores da chapelaria.
Ainda na memória existem antigas fábricas de chapéu, com as suas chaminés características e o Museu de Chapelaria.
Contudo, ainda existem indícios de chapéus em SJM, a Fepsa continua a produzir feltros - é actualmente um dos maiores produtores do mundo, exportando para várias mercados.
Além disso existem estilistas a lançarem a sua colecção de chapeús.
Tudo isto permite pensar-se na realização da Semana do Chapéu.
Ambiente recriado, produto na rua, pessoas com chapéu na cabeça, muita animação de rua, algo parecido com
isto...