Regresso à normalidade
A ascensão do SLB ao 2º lugar é motivo de alegria para os seus adeptos. O importante não é a posição na tabela classificativa mas, o resultado alcançado no jogo de ontem.
Jogar com 10 jogadores durante uma hora, entrar o guarda-redes substituto a defender um penalti, aguentar o ímpeto adversário (que joga bem), nunca desistindo do ataque e colocar em campo por 10 minutos Adu, para este resolver o jogo mesmo a acabar, foram os principais feitos de uma vitória à imagem daquilo que o treinador do Benfica sabe transmitir: dedicação e entrega da alma em campo.
O Benfica à “Camacho” é isto, muito músculo, muita vontade, pouco discernimento, pouca táctica. Para este treinador o futebol é corrida, entrega ao jogo, remates à baliza. Os pormenores tácticos são substituídos pelos pormenores técnicos dos jogadores. Ao ler a descrição de Di Maria da jogada que deu em golo de Cardozo com o Celtic, em que o Argentino viu o Paraguaio a pedir-lhe a bola, tive a confirmação disso mesmo.
A motivação de jovens talentos não é fácil e o Espanhol naquele seu jeito abrutalhado, deve conseguir transmitir algo mais aos jovens do que onde gastar dinheiro, gastar dinheiro, gastar dinheiro.
O SLB pode vir a formar uma boa equipa. Começo a ver jogadores a tornaram-se importantes: os Uruguaios, os três anteriormente já referidos, os brasileiros, o Karagounis e claro, os portugueses Rui Costa, Petit e o Quim (ontem voltou ao antigamente).
O mais curioso disto tudo, é que o Presidente do SLB começou a ficar calado e os resultados finais dos jogos transformaram-se em vitórias.
Se calhar está aqui o segredo para o sucesso do Benfica.