Intercalares CML
A abstenção - 63% confunde qualquer análise séria, que se possa fazer destas eleições.
1º pontoVoto dito à esquerda = 56,09% (PS+Helena Roseta+CDU+BE)
Pela primeira vez o PS vence sozinho em Lisboa. No entanto, o eleitorado que vota da cidade continua a ser essencialmente de esquerda. No futuro, qualquer coligação eleitoral, pode dar nova vitória a uma frente de esquerda.
2º pontoVoto partido + Independente
PS + Helena Roseta = 39,75%
PSD + Carmona = 32,44%
Os dissidentes somados aos votos dos seus anteriores partidos não alteram em nada o resultado da eleição.
3º ponto Helena Roseta = 10,21%
CDU = 9,5%
BE = 6,8%
Com o posicionamento claro do PS no centrão, existe hipótese de surgir um partido socialista de esquerda. A votação em Manuel Alegre no ano passado e esta votação em Helena Roseta permitem-me pensar assim. As eleitores de esquerda não se revêem nem no Ps actual, nem no BE, muito menos na CDU. Acarinham os candidatos dissidentes do PS mais à esquerda. Haverá vontade para fazer a ruptura?
Um dilema!
No extremo, apesar de Francisco Louça ter gritado ser a "esquerda socialista", o BE teve um resultado de merda! O que se justifica pela candidatura e resultado de Helena Roseta. José Sá Fernandes deve estar arrependido de não ter concorrido como independente, ou como número 2 de Roseta. O BE não capitalizou em votos, nenhum descontamento existente para com o Governo e em nada alterou a sua votação. O efeito Sá Fernandes só permitiu a sua própria eleição. Os parasitas partidários associados devem-se ter coçado bastante.
4º pontoA não eleição de Telmo Correia (3%)
Apenas mais 1,5% de votos que Garcia Pereira diz tudo.
E diz mais. A tendência eleitoral é o PSD se posicionar na direita e o CDS desaparecer. Por isso é que Paulo Portas está em reflexão. A ser assim, o CDS-PP vai caminhar para um grupo parlamentar mais pequeno do que o "
táxi" em 2009.
ConclusãoO efeito Sócrates, sente-se mais à direita do que à esquerda, a menos das dissidências partidárias do próprio PS.