idade da inocência (13)
Recordações através dos sentidos:
- o som de chupetar tão característico dos bebés, que em nossa casa, a Luisinha tão bem o executava e se fazia ouvir. mesmo no silêncio da noite, naqueles momentos a seguir ao "colinho", quando os separamos de nós e os deitamos, ao ficarmos na expectativa "será que ficam a dormir? será que choram?"; ouvir o barulho do chupetar, era reconfortante e tão terno - tudo estava tranquilo.
- o sorriso quando aparecíamos; a angústia da separação e o contrário, o lado bom de rever os progenitores; entrar na sala do infantário e ver um sorriso enorme, uma alegria estampada na cara por nos verem; ainda hoje, o Manel corre para me abraçar, quando me calha a mim ir buscá-lo!
- as cócegas! adoro fazer cócegas em miúdos, de preferência nos terroristas! quando os agarro e sabendo que estão à espera de algo diferente, em seu lugar surge um inesperado ataque de cócegas, deixa-os de rastos. eu quero, eu quero, pede-se lá em casa nos dias com as manhãs livres.
- "eu di" pronunciado pela pequenada, quando pretendem dizer "eu dei". É curiosa a forma de alguns verbos. Ouvir estes sons inocentes é uma delícia. Agora as conversas são mais "eruditas": "fábricas com bom aspecto", "é relativo" pronuncia-se lá por casa, apesar das trapalhices dos 4 anos da Luisinha.
- do olfacto, nem quero escrever! não que tenham cheirado mal, os pequenos. mesmo, sendo pequenos, com aqueles odores tão característicos. A melhor recordação é do cheiro da trampa, antes das sopas, antes das papas. Até aos 4 meses, só com o leite materno, o cheiro disso mesmo não nos afecta! E o curioso é que pensamos que sim!