Empiricamente, parece-me que seria benéfico para toda a ria de Aveiro, uma ligação ao mar na zona do Carregal.

Fazia-se uma renovação da água. Talvez a "Ria de Ovar" se tornasse turisticamente viável, e interessante.

Para preservar o cordão dunar, e com as águas mais transparentes (como é em S. Jacinto e na Costa Nova), explorava-se a margem leste da Ria de Ovar, proibindo-se novas construções na margem oeste, onde está previsto o falado Hotel
 

provavelmente seria a melhor solução. o desenvolvimento do lado leste sempre me interessou. aliás é deste lado que se escondem os encantos da ria.
o cordão dunar na zona do carregal tem 1,9 kilometros, não significando ser o mais estreito de toda a ria. contudo reconheço que no Furadouro, na zona sul, o mar tem massacrado a costa, retirando-lhe extensão de areia. nos últimos 20 anos, a praia deve ter recuado uns 30 metros.
por algum motivo, só a partir do século XX é que se começou a construir perto do mar. além disso, aqui perto temos como construções típicas os palheiros.
 

"Trocou-se a exportação de baixo-valor pela procura interna, o que irrita perfeitamente os economistas do nosso país."

E a ti não?!

A mim custa ver, por exemplo, logo ali do outro lado da rua, o desmantelamento progressivo a que tem sido sujeita uma das empresas mais significativas desse concelho, a Yazaki Saltano.
Não é certamente estes Dolce Vita nem outros mamarrachos do género que se instalam majestosamente território, rasgando a natureza e tudo o mais que for preciso, carregados de muita loja espanholas e afins, que vão salvar esses aflitivos 20% de desempregados.
 

rb,

O que o nosso povo quer, é festa e locais para passear ao domingo.

Se já lá passaste, o Dolce Vita, abriu um novo nicho de mercado à Yazaki Saltano. Passa por lá para veres com os teus próprios olhos.

O Segurança, que até agora está enclausurado no seu "guiché", agora segura numa tabuleta que avisa os automobilistas, que ali existe um "Parque privado LIVRE".
 

eh, eh - procurar uma nova oportunidade de negócio.

quanto às preocupações do caro RB, em parte não me preocupa nada. Sem retórica é esta a minha ideia: as exportações de baixo valor correspondem a artigos que passaram a ser produzidos no extremo oriente, china e afins. contra esses é impossível concorrer, porque o peso no custo do produto é o salário e os praticados nesses países são miseráveis.
resta-nos duas opções: produtos de grande valor acrescentado ou melhoria da economia interna. enquanto esperamos pelos resultados do choque tecnológico não podemos ficar sentados. uma solução intermédia é a terciarização da economia da região, apostando nos serviços e no caso de Ovar, turismo.
não queria perder esta oportunidade para "cascar" no capital estrangeiro. Muitas empresas não conseguem dominar o seu processo e não têm os seus custos controlados e optimizados os seus recursos, quando assim acontece, saltam de país em país à procura de incentivo estatais e de mão de obra muito barata. Esse investimento não interessa, como é óbvio. O que saiu de Ovar tinha que sair. O que ficou consegue escapar a esta lógica (Bosch, Yazaki, Gametal, etc.) e a confirmar-se a expansão da Toyota, a economia local vai de novo agitar-se pela positiva.
Entretanto, a praia do Furadouro ficou com um shopping a três kilómetros, o que é positivo em termos de oferta turística, mesmo para jovens (fast-food, cinemas, lojas, abastecimento em grande superfície) não te parece?
 

Um dos problemas mal resolvido são os acessos. Se já era complicado por vezes chegar ao furadouro, agora ainda mais. As filas intermináveis de domingueiros passeadores de shoping são uma dor de cabeça!
 

o concelho de ovar não investe em acessos. o separador central na estrada que serve o shopping e o furadouro, deveria ter 2 faixas em cada sentido. mesmo quem vai de ovar, do semáforo perto da bp até ao novo "dolce vita", tem um acesso deficitário.
daqui a alguns anos, teremos novas obras nessas estradas, pagas pela autarquia e não como contrapartida por este tipo de investimentos.
até do furadouro para o shopping devia existir uma estrada digna, com continuação da pista / passadeira para ciclistas e outros atletas.
 

"não te parece?"

Eu preferia bem mais a mata que lá estava e bato-me pela conservação da natureza.
Muito provavelmente este é só mais um passo decisivo no seu progressivo desaparecimento.
Também não compreendo como é que um país como nosso, sempre "com as calças na mão", tem capacidade de dar resposta a tantos apelos de consumo massivo.
Quanto à aposta no terciário, se bem percebi, enquanto esperamos ..., não me parece que seja a solução. Sem tecido produtivo que papel poderá Portugal ter no mundo?
É como diz o Belmiro: nós não podemos andar aqui só a passar o dinheiro de uns bolsos para os outros, temos de criar riqueza, que é ela que nos dá emprego e competitividade económica. Digo eu ...
 

Caro RB, o exemplo do Belmiro não é o melhor. Afinal quem é um dos principais impulsionadores de shoppings e afins?
Eu também concordo, obviamente, com a ideia de que só é possível criar riqueza para o país, através das exportações. Felizes dos produtores nacionais que exportam, com valor acrescentado, com produto capaz de competir nos principais mercados. Esses são o "garante" da economia nacional, só que não podem empregar todos os portugueses.