escrita irregular
quarta-feira, abril 18, 2007
  Contas de merceeiro
Esta semana dediquei-me a fazer contas. Apliquei a equação matemática preferida dos engenheiros para a proporcionalidade(regra de três simples), para demonstrar que SJM não precisa de outra Sala de Espectáculos senão a actual: o auditório dos Paços da Cultura.
Peguei na população de uma série de concelhos, conjuntamente com a capacidade, ou lotação, do respectivo teatro e cheguei à conclusão que, para SJM, uma sala com 147 lugares é suficiente.
Poderia ter feito outra conta, partindo dos 200 lugares do auditório atrás referido, que era calcular o rácio do n. º de habitantes por lugar e obteria os seguintes valores:
Guarda 70
Vila Real 100
Faro 72
Figueira Foz 78
Aveiro 116
Viseu 323
Famalicão 255
Coimbra 217
Braga 113
Guimarães 237
SJM 106

Ou seja, teríamos valores próximos de cidades com menor número de habitantes e com salas melhores apetrechadas.
Não cheguei a conclusões, propositadamente.
O meu lado de revolucionário (que ainda conservo) aponta sempre para o corte com o passado.
Não compreendo a insistência em querer fazer uma "mega" sala, destinada a teatro, ópera, etc. numa terra com reduzido n.º de habitantes e essencialmente, de público.
Texto integral, pode ser lido aqui.
 
Comentários:
Olá, rui!
Adorei o texto. Quanto anós não há nada de melindres, estás à vontade. É só dizeres, está bem? É com todo o prazer da minha parte que compartilharei contigo naquilo que vires que tenha interesse,
Abraços.
 
Sempre simpático e atencioso!!!
Um abraço,
Rui
 
Rui,

Discordo quando afirmas ser desnecessário mais uma sala de espetáculos, embora te acompanhe no resto do teu artigo.
Não me parece que o argumento proporcional seja assim determinante nessa decisão política.
Acho que a sala dos Paços da Cultura é pequena para o potencial cultural que a cidade tem e pode ter. Na verdade nem sei se lá cabem 200 pessoas.
Se queres fazer um evento com alguma dimensão, como um festival de música, SJM não tem condições para tal.
Além disso, tens melhor alternativa para um bom aproveitamento público do histórico edifício?
 
RB,
não escrevi estas linhas para ser consensual.
a proporcionalidade foi o exercício escolhido, comprovativo das minhas dúvidas. Optei pela análise simples, com os dados de que dispunha, por não dispor de n.º de eventos, n.º assistentes, taxa de ocupação do ano 2006, dos Paços da Cultura. Na falta de melhores dados, porque não a proporcionalidade?
Os resultados não foram animadores, eu sei! Mas, não tenho culpa.
Não tirei conclusões, nem estou contra à reconstrução do Cine-Imperador. Apenas, considero que deve ser feito a longo prazo. E porquê?
Com o objectivo de alterar o actual "estado das coisas" nos Paços da Cultura:
- n.º de eventos / sessões a realizar num ano civil - 250;
- n. de espectadores - 4000 / mês
- taxa de ocupação (lotsção) - minímo 80%
É evidente que atingidos estes números, estaríamos em condição de equacionar o aumento da sala, com a inauguração de outra. Aqui sim, o potencial cultural da cidade estava desenvolvido.
Tudo isto implica uma melhoria na programação do espaço, passando por uma melhor divulgação, além de manter a sala com qualidade inerente.
É certo que em tempos, escrevi algo sobre isto e também sobre o "perigo" orçamental da programação a que se propõe o CAE.
Mantenho a coerência com este, digamos, estudo.
Relativamente, à tua questão, remeto para a questão regional, os eventos podem ser promovidos na região, nos espaços existentes e não obviamente apenas e só em SJM. Queres um exemplo, o Turbo Clube promove em Espargo, a Expo-Aventura e é reconhecidamente um grande evento do TT, sem desprestigio para ninguém. Para finalizar, na Feira, existe um festival de música promovido no Cine António Lamoso, cuja a capacidade é reduzida, trata-se do Festival para gente sentada e até hoje ainda não ouvi ninguém a falar em mudar de instalações.
Existe outra questão, relacionada com a actual conjuntura económica, nacional ou municipal para que servirá o investimento no CAE, no contexto cultural da cidade?
 
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