Zangam-se as comadres
Adoro este tema.
As desavenças políticas à direita são encantadoras.
Nas eleições autárquicas de 2005, fiquei feito parvo, até às tantas da madrugada, à espera do veredicto final: Maria José Nogueira Pinto era eleita vereadora ou não?
Numa noite calma politicamente, sem o terramoto de 2001, não nutria nenhum sentimento especial pela candidatura de Carrilho, nem de qualquer outra candidato socialista às principais autarquias em destaque. Dei por mim a torcer pela eleição da dita senhora.
Descobri passado uns dias, que o país político - aqueles que seguem e opinam sobre o assunto - rejubilou com a sua eleição.
Seguiu-se o episódio da atribuição de poderes, os projectos de reabilitação da baixa, as compras da Zara, as desavenças com o
PSD e agora
isto.
As coligações à direita são mesmo um caso de estudo. Desde a primeira AD, que teve no episódio trágico de Camarate o princípio do fim, passando pela AD de Marcelo / Portas, pela coligação governamental Durão / Portas, continuando na sequela Lopes / Portas (ou seria Felix?), culminando com esta retirada de poderes a Maria José Nogueira Pinto, entre outros, fica sempre a sensação de que algo não é claro nos acordos efectuados.
Para mim, que não sou ninguém, apenas observo de fora, parece-me que o PSD tenta sempre encobrir a existência do CDS/PP. A estes pequenos, a oportunidade de desfrutar do poder é tão apetecível, que não resistem e colocam-se em bicos de pé.
No fundo, pergunto-me porque é que insistem?