escrita irregular
sábado, novembro 04, 2006
  Estatuto de docente
O novo estatuto de professor vai avançar em 2007, assume o governo. Contra a opinião de professores e respectivos sindicatos.
A profissão está descredibilizada, poderá sair daqui alguma alteração de "estatuto", perante o resto da sociedade?
Afinal o que mudou, ao longo destes anos?
Quando éramos míudos tínhamos bons professores, gente que sabia ensinar e se preocupava com a transmissão de conhecimentos aos alunos. Professores que se preparavam, faziam fichas e testes, dando uma imagem de seriedade e incutindo nos alunos a vontade de estudar. Também tínhamos os outros: os colocados a meio do ano lectivo, muitas vezes apenas para uma substituição temporária; os inadaptados ao sistema, sem aulas preparadas e esperando apenas o fim da mesma para irem embora; os professores de aulas práticas, que nos entregavam uma tarefa (no desporto, uma bola) e iam tratar de outros assuntos; os novos professores que saídos dos bancos da universidade tinham dificuldade em se impor.
É certo que quase 17 anos depois, o panorama escolar se deve ter alterado. Não devem apenas existir bons professores, nem apenas maus.
Talvez tenha tido melhores professores no secundário do que na Universidade, pelo menos com outra capacidade pedagógica, com outra capacidade de comunicação. Controlados pelo funcionário do livro de ponto, faltavam muito menos, não fazendo da Escola aquilo que os docentes universários fazem, um emprego no qual é necessário dar aulas, por vezes.
É evidente que com exemplos destes, a opção pela carreira de professor fica extremamente condicionada. No entanto, é legítima, sim senhor.
Apesar do Estado, que todos os anos promove a licenciatura de alunos, sem se preocupar com a sua carreira profissional, lançando gente no desemprego, sem conhecer o verdadeiro emprego, não ser o melhor dos empregadores, pode e deve avaliar os professores, restringindo-lhe a progressão na carreira a perspectivas qualitativas.
É certo que os professores não suportam este discurso e detestam ser apontados como "os maus da fita", comparando-se a outras profissões suportadas pelo mesmo estado. Não deixam de ter razão, talvez um dia quem agora se ri, veja o seu estatuto alterado, pois isto das reformas de Estado são muito giras, quando não nos tocam. Tenho que aqueles que efectivamente foram e são bons professores nada temeriam ou temem, seja qual for o estatuto a ser aprovado. A arte de ensinar sempre foi a sua opção, adaptando-se sempre às mais difíceis condições.
Agora quem esperava pela sucessão de anos, para ir progredindo no salário e esperar pela reforma, tem que mudar de atitude e nalguns casos começar de novo a ... estudar.
 
Comentários:
Bem...eu amo ser professora.Concordo com uma série de coisas...mas na realidade não sinto nas escolas essa mudança que terá de ser feita, que terá de ser avaliada, a ser feita com responsabilidade e imparcialidade.Estou no meio da carreira,sei que não vou chegar ao topo...mas sinto todos os dias, no olhar dos meus alunos, que é ali o meu topo, é ali que eu sou avaliada,é ali que a mudança começa e acaba e continua.Todo este processo de viragem que tanto necessitavamos peca pela falta de diálogo e da atitude propotente.Quantos de nós gostariamos de ver ainda mais mudanças?O que vejo é que a volta vai dar em reviravolta...e quem trabalha, quem gosta do que faz, quem ama ser professor,nunca vai ter uma palavra amiga...o que nos vale é o sorriso e o sucesso de alguns alunos...os outros, que lá andam por andar continuam a arranjar "métodos e mézinhas para lá vegetar".
 
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